quinta-feira, 14 de abril de 2011

De Felicity para Ben...

"
A verdade é que eu não posso ficar com você assim, eu disse que podia, mas eu não consigo.
Não posso me comprometer desse jeito.
Eu sou uma pessoa super sensível, qualquer coisa me afeta e tenho necessidade de expor meus sentimentos. Eu sou assim. Eu não posso mudar isso. Nem quero.A questão é: você sabe disso e continua atrás de mim, porque você me quer. Você só não é forte o suficiente pra admitir isso. Isso só mostra o quanto você é covarde. E a parte mais triste é que um dia você vai acordar e perceber o que você perdeu. E vai ser tarde demais. "

Por que isso me soa tão familiar?

domingo, 3 de abril de 2011

Estou tonto,
Tonto de tanto dormir ou de tanto pensar,
Ou de ambas as coisas.
O que sei é que estou tonto
E não sei bem se me devo levantar da cadeira
Ou como me levantar dela.
Fiquemos nisto: estou tonto.


Afinal
Que vida fiz eu da vida?
Nada.
Tudo interstícios,
Tudo aproximações,
Tudo função do irregular e do absurdo,
Tudo nada.
É por isso que estou tonto ...


Agora
Todas as manhãs me levanto
Tonto ...


Sim, verdadeiramente tonto...
Sem saber em mim e meu nome,
Sem saber onde estou,
Sem saber o que fui,
Sem saber nada.


Mas se isto é assim, é assim.
Deixo-me estar na cadeira,
Estou tonto.
Bem, estou tonto.
Fico sentado
E tonto,
Sim, tonto,
Tonto...
Tonto.


[Álvaro de Campos]

Caminho.

Ela está indo para algum lugar.
Querendo encontrar o vazio que a sustente e satisfaça. Que a deixe em paz.
Despindo-se de tudo e de todos. Arrancando pedaços de si. Em total silêncio, até nos pensamentos.
Tão cansada que já não há forças para buscar, só para deixar ir. Deixar cair, deixar sair.
E as coisas se vão. E as pessoas se vão.
E o mundo continua girando, girando. E levando, levando.
E ela vai indo e indo. Sem saber pra onde, sem saber por quê.
Querendo chegar ao nada, onde tudo é compreensível e explicável. Onde há entendimento total de todo e cada barulho e movimento.
É só calar.
Só observar.
So ver.