sexta-feira, 29 de junho de 2012


Não quero te perder, de jeito nenhum. Por nenhuma razão.

Esse quarto amanheceu maior hoje, não sei porque.
Hoje a tarde tava pensando em escrever um texto de amor e o teria feito se tivesse papel e caneta na mão.
No começo da noite escreveria um texto sobre como o mundo é uma prisão.
Agora, já no raiar do outro dia, tudo mudou de novo. E ficou estranho, de novo.
Tem coisas que a gente vive e não acredita, que a gente pensa que nunca vai passar.
Mas as pessoas sempre tem algo novo pra dar e pra mostrar.
De repente uma conversa se torna outra, o assunto muda, até que fica pesado demais e você descobre coisas que não esperava.
Tudo martela, tudo fica martelando mais e mais e mais e mais...
Pra quem é "inocente" demais e não aprendeu a viver nesse mundo de gente grande.
De gente que ainda não aprendeu a ganhar sequer um caso nesse tribunal.
De repente uma fôrma se torna um bolo tão grande e explode na cara da gente. E o fermento faz crescer coisas que a gente pensava não existir ou que nunca viriam.
Vieram de uma forma tão rude. Tudo.
E ele ganha na discussão, depois eu, depois ele. E no final a gente perde, não importa quem ganhe.
Nem começou o dia ainda e ele já foi batizado de " dia puto".
O meu sono se confunde com a vontade de encontrar uma solução pra salvar palavras que já foram ditas e ouvidas.
Cadê o André Martins, pra me ajudar a recuperar emails que já havia enviado?
Que me dava ideias de como fazer alguém não ler algo que eu já tinha escrito...
Cadê ele pra me dizer como pego de volta as coisas que eu disse?
Pra me ensinar a devolver também as coisas que escutei.






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quinta-feira, 28 de junho de 2012

"Uma capacidade enorme de amar, desamar e reamar."

"Uma capacidade enorme de amar, desamar e reamar."

Eu tenho.
Mas diria mais que isso. Diria que tenho uma capacidade enorme de amar as pessoas erradas. De não escolher; de receber, depois das coisas ruins, as melhores.
Tenho a capacidade de receber, assim como tenho a de deixar ir. Tenho também a capacidade de substituir, quando o sapato já não serve mais pra mim. Assim como você disse uma vez: "O que não presta mais tem que ir pro lixo."
E foi o que fiz, todas as vezes que um emprego, uma cidade, uma roupa, um cara ou uma escolha qualquer não servia mais pra mim. E assim como você fez com a última que não serviu mais pra você.

Pode ser desanimador, mas é como eu sou e como eu sei que não vou deixar de ser, infeliz ou felizmente. Não quero e não vou me conformar com o que está ruim. E tem coisas que estão velhas demais, não dá pra reformar, nem consertar. Principalmente pessoas, especialmente aquelas que não querem mudar, aquelas que não são o seu par ou, ainda, aquelas que moram em outro país.
Acho que tenho o direito de escolher. Quem entra e quem sai da minha vida, eu decido. A qualquer hora. Me privo esse direito, assim como o ofereço a você, desde o princípio.

Amei, amei todos eles. De maneiras diferentes ou iguais, amei cada um. E amei com o maior amor que pude dar e fui a melhor pessoa que pude ser, com cada um deles, assim como sou com você.
Queria poder te dizer que você é o único, é o primeiro. Mas infelizmente, você não é. Assim como também não fui tua primeira e assim como o teu último "erro" não foi o único.
Acho que antes de julgar qualquer coisa, você deveria conhecer melhor cada situação. E acho também, que você não tem direito de julgar nada, pelo menos não se pretender ficar comigo; a não ser as minhas ações com você, em cada dia.

Pode ser covardia, pode também ser coragem.
Uma vez me disseram que sou muito drástica, você disse isso uma vez também. Acho que sou.
Penso que quando as coisas tem que acabar, elas devem acabar. Pra dar lugar a outras melhores.
Tudo tem seu tempo.
Não sei estar por muito tempo em um lugar aonde não estou bem, não aceito nem suporto traição, nem mesmo a ideia.
Eu acho que fui de cada  um com quem estive, completa. Não sei me dividir em pedaços, nunca soube. Quanto ao meu comportamento, não me arrependo de nada. Fui quem eu sou, quem eu sei ser.

Você só errou numa coisa: não tenho capacidade de reamar. E espero que você não tenha também.

Não me culpe por querer o melhor pra mim. Seja o melhor pra mim. E eu vou ser a melhor pra você, do melhor jeito que eu conseguir ser, todos os dias, enquanto a gente tiver feliz juntos. E que seja pra sempre, se você quiser, porque eu quero.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Me peguei no face do meu pai. Quis escrever uma mensagem e então escrevi: "Saudades, pai!". 
De uma certa forma, olho pra trás e parece que tudo aquilo que eu vi e vivi um dia foi destruído pelo tempo e pela distância. Tenho medo de nunca mais sentir as mesmas coisas novamente.
Tô cheia de provas, trabalhos, coisas pra fazer que NÃO quero fazer.
Tô cansada.
Vi as flores que não eram pra mim, devo mesmo ser muito ruim.
Acerto as pessoas erradas. Ou erro as pessoas certas.
Me pergunto se, ao deitar na cama sozinhos, os outros se sentem assim também, nus.
Queria assistir um seriado, de preferência um que se chamasse: "How to be a normal person".
Não quero mais trabalhar, não quero mais sair desse quarto e debaixo desse cobertor, só por hoje.
Tem sido assim nos últimos hojes. E não sei o porquê.
O pior é que não tô mais nem aí pro que tão pensando, apesar de dever estar.

E amanhã já é quarta, vejo que quase não fiz nada, a não ser seguir e quebrar as regras: não aguento mais elas!
E de repente parece que tá tudo errado demais.