Hoje ela queria ser invisível.
Hoje ela queria chorar até acabar a água de seu corpo e depois dormir. Um sono profundo, que durasse uma eternidade.
Uma eternidade de paz, de silêncio, de não-pensamento.
Uma eternidade sem cobranças, sem barulhos, sem medos, sem desejos.
Ela não queria morrer, mas também não queria viver.
Queria apenas existir, em silêncio. Sem que ninguém notasse sua presença.
Sem que as pessoas prestassem atenção se sua maquiagem está borrada ou não.
Ela queria ter tempo de chorar, sem pensar que está perdendo seu tempo.
Sem ter que pensar no futuro e no que está passando.
Ela gostaria de ter tempo para não pensar na vida.
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