quarta-feira, 25 de abril de 2012

Castelos de Areia

É sempre assim que termina.
Não tem pra onde correr.
Não tem como correr de mim, sair dessa casca que só quer ser casca, dessa casca que não quer e não sabe ser gente.
Tantos livros, tantos ensinamentos que ela simplesmente não consegue aceitar tampouco seguir.
Tá de saco cheio de todas essas regras, de ter que ficar mostrando coisas pros outros, pra ter o que comer.
De ter que se adaptar a tudo, como se fosse um pedaço de argila molhada que se encaixa em qualquer lugar.
Só que ela não se encaixa. ELA NÃO SE ENCAIXA! EM NADA!
Vai fazer o que?
Me deixem sozinha, já estou sozinha. Não tanto faz, mas o que importa e que diferença faz se é sempre do mesmo jeito?
Tô longe, tô pequena, escondida e perdida.
Tentando fingir que tudo está bem, quando nunca esteve e parece que não vai estar mais, independente do que ela faça.
Problema seu. Foda-se. Foda-se. Foda-se tudo e todo mundo.
Parem de me cobrar coisas que eu não posso dar e coisas que eu não sei ser.
Que saco!!!
Que saco!!
Que saco!
Não aguento mais isso...
Esses castelos... que são sempre de areia.
Quando vejo, seus grãos já estão espalhados por toda parte. Como já era previsto... Como tudo...

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